O essencial é invisível aos olhos (#046)

Por Fabiana Vitorino

Olá, bom dia para você que me acompanhou ao longo de um bom tempo de podcast.

Eu quero deixar aqui uma reflexão. Retomar um pouquinho, lembrar que a gente conversou sobre assuntos tão importantes por aqui, falamos de emoções, falamos de propósito, falamos de estar disponível para as relações, aprender a pedir aquilo que a gente precisa, aprender a se valorizar, olhar um pouco para si mesmo, olhar para os seus relacionamentos com amor, olhar para sua carreira, para as suas escolhas, construir uma vida que fizesse mais sentido para você. E tantas outras temáticas que passaram por aqui: como você organiza o seu tempo, como você vive a sua vida, o seu dia a dia, a sua rotina, como você faz escolhas na vida. Enfim, são muitas e muitas e muitas conversas, são muitos temas.

Na verdade, eu quero apenas deixar uma pergunta. Geralmente a gente faz listas intermináveis de coisas que eu quero realizar, coisas que eu vou me comprometer e, desde que a minha filha nasceu, eu comecei a me conectar com aquilo que é mais simples e essencial. Tem uma frase, até um pouquinho batida, mas é uma frase muito importante, muito bonita, que é daquela história bem clássica do Pequeno Príncipe, do Antoine de Saint-Exupéry, um francês, e ele fala que “o essencial é invisível aos olhos”.

Então você pode se perguntar: o que é essencial na minha vida e que eu estou abrindo os olhos? Ou: o que é essencial e que eu ainda não abri os olhos pra ver? Porque se é invisível, eu preciso abrir olhos que não são os olhos físicos, mas muitas vezes os olhos do coração, os olhos da alma.

Às vezes a gente passa com uma tribulação, com o mundo externo, com o barulho de fora, com tudo que nos chama, que nos exige, que nos demanda, e talvez a gente precisa fazer um exercício para se conectar com a voz interna e perceber o que que é essencial, e que eu estou deixando de considerar. O que é essencial para mim hoje? E isso pode estar ligado à minha relação com o outro, à minha relação com o mundo, com o trabalho, comigo mesma, com o meu corpo, com a minha saúde, sei lá, com algo que eu preciso fazer por mim, que eu preciso olhar e que eu não estou dando a devida importância.

E talvez se você se comprometer com uma única coisa que é essencial, que é o mais importante para que você esteja bem e pleno com você, isso já é suficiente. Está aí uma palavrinha também muito importante que eu aprendi como terapeuta: aprenda a se conectar com o que é suficiente. Não fique nos excessos, nem nas faltas, porque às vezes a gente fica com o olhar da falta, daquilo que está precisando ainda preencher, ou a gente fica muito nos excessos, excesso de barulho, excesso de informação, excesso de gente, de relacionamento, enfim... Vamos nos conectar com o que é suficiente, nem passe para um lado, nem para o outro; nem falta, nem passa, apenas tenha o que precisa, e é isso.

Eu te agradeço mais uma vez por estar aqui comigo. É muito bom estar aqui construindo esse projeto com vocês.

Um grande abraço, fiquem com Deus, fiquem com aquilo que vocês acreditem e até dois mil e vinte. Beijo.


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