O imprevisto nosso de cada dia

Diante dos imprevistos que a vida te traz, situações não calculadas, não planejadas e muito menos desejadas, qual o caminho você costuma seguir?

Fica com raiva, sentindo-se injustiçado, impotente diante da situação? Se desorienta, senta e chora, por não se ver capacitado para solucionar, acreditando que precisa de alguém para resolver para você? Ou respira fundo, se acalma, busca informações, pede ajuda, pensa e resolve?

Ah, e, claro, tem o clássico costume de ficar tentando entender o motivo pelo qual o fato aconteceu, naquela terça-feira qualquer, atribuindo significados ocultos, psicológicos, problemas do universo, mercúrio retrógrado. (risos).

Não que essas coisas não possam influenciar, mas o fato é que, diante de um problema, a gente precisa mesmo é de uma solução.

E se a vida te trouxe algo que estava fora do seu script, da sua programação diária, aprenda. Aprenda a enfrentar. Aprenda a resolver.

Esse movimento faz parte do “tornar-se adulto”. SER CAPAZ E COMPETENTE para lidar com a própria vida.

É assim que a gente cresce, amadurece, evolui, desenvolve, vai pra frente. É assim que a gente também ajuda o outro a crescer, na medida em que não lhe tira a oportunidade de resolver as coisas por si mesmo.

Não quer dizer que você não possa ajudar, orientar, mas a questão é: se chegou para você, meu amigo, resolva!

Algo que me ajudou a passar por esses momentos foi lembrar que nem sempre eu preciso ser expert no assunto ou na situação que me desafia. Grande parte das vezes, basta vontade, busca de informação e uma dose extra de ação.

Não existe jeito perfeito de resolver algo, nem solução mágica.

Existe atitude, humildade e responsabilidade. Um equilíbrio (nem sempre perfeito) entre pensar e agir, sentir e respirar, avaliar e decidir.

Dia desses, o pneu do meu carro furou, bem em frente ao clube, para onde levava minha filha. Com a agenda cheia no dia, em outros tempos talvez eu me desorientasse.

Mas, na hora liguei para o meu marido, para alinhar com ele a melhor solução (ele é um excelente ‘resolvedor’ de problemas; lida com imprevistos o tempo todo), buscando informação e sugestão de ação.

Como os compromissos seriam todos perto, poderia resolver sem grande alarde primeiro as urgências e depois acionar o seguro e pedir a troca do pneu.

Que bom que hoje existe motorista de app, telefone celular e seguro de carro! Pronto, tudo resolvido. Pude manter todo o programa, solucionar o problema na sequência e, por fim, seguir com o meu dia.

A lição que fica é: a cada situação inesperada, respira fundo, não pira (ou só um pouco, vai!), avalia e resolve!

Por Fabiana Vitorino

*Psicóloga, mãe, consteladora familiar sistêmica e mentora de carreira.

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