O que é síndrome do pânico?

A síndrome do pânico se caracteriza, normalmente, por intensos ataques de medo repetidos e inesperados, evidenciando uma preocupação excessiva de que outros episódios semelhantes possam acontecer e que provocarão a perda de controle ou a sensação de que se irá enlouquecer – medo de sentir medo. Angústia, ansiedade ou medo extremos, agravados por sintomas físicos, como dor no peito, sudorese, desconforto no tórax, sensação de engasgo, náuseas e falta de ar também são reportados.

Segundo Quirino Cordeiro, coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, a síndrome do pânico, ou transtorno de pânico, é caracterizada pela presença recorrente de crises de ansiedade. “A característica principal do transtorno são as crises esporádicas que duram alguns minutos e têm forte intensidade. É importante se atentar que uma pessoa pode ter uma crise em determinada situação e não ter um transtorno de pânico. Nesse caso, o que identifica a síndrome são as crises recorrentes”, explica.

Segundo ele, em geral, as crises de ansiedade não têm um fator que a deflagra. A pessoa pode estar em um ambiente calmo, tranquilo e mesmo assim apresentar uma grave crise de pânico. Durante uma crise um indivíduo pode ter sintomas como taquicardia, dificuldade para respirar e tremores, que são os sintomas físicos. Mas também existem sintomas psíquicos, como sensação de morte eminente, uma angústia muito grande e muito medo”, esclarece.

Os números

Os ataques de pânico são mais comuns do que se pensa (atingem, anualmente, 11 % dos adultos) e podem fazer parte de qualquer transtorno de ansiedade ou psiquiátrico, como a depressão. Também podem ocorrer como resposta a uma situação específica, um fator desencadeador aparente. Por exemplo, um elevador lotado para que tem medo de ambientes fechados. Como os sintomas envolvem órgãos vitais, um ataque de pânico pode dar à pessoa a sensação de que está tendo um ataque cardíaco. Uma pesquisa feita pela National Comorbidity Survey (NCS), dos EUA, mostrou que 71% das pessoas com síndrome do pânico são mulheres e 29%, homens.

A maioria das pessoas geralmente se recupera dos ataques sem tratamento, porém, algumas desenvolvem síndrome do pânico e deverão ser tratadas com medicamentos antidepressivos e ansiolíticos e psicoterapia. A síndrome do pânico é diagnosticada quando a pessoa apresenta ataques repetidos e inesperados combinados com, pelo menos, um dos fatores a seguir durante no mínimo um mês:

  • Preocupação persistente de que ela terá outros ataques de pânico ou preocupação com as consequências do ataque (por exemplo, de que ela perderá o controle ou irá enlouquecer)

  • Alterações no comportamento devido aos ataques (por exemplo, evitar situações que poderiam desencadeá-lo)

O que pode fazer feito no ataque momentâneo

Algumas pessoas se recuperam sem receber um tratamento formal, sobretudo se continuarem a confrontar as situações nas quais os ataques tenham ocorrido. Já em outras, os sintomas surgem e desaparecem por vários anos.

Entre as recomendações imediatas para se enfrentar o ataque momentâneo estão: reconhecer quando seus medos não têm justificativa, respirar de modo lento e controlado ou usar outras técnicas que promovam o relaxamento.

Uma das grandes questões em relação à síndrome do pânico é que ainda não existem estudos que comprovem com 100% de certeza as causas desse tipo de distúrbio. Mas, no geral, vários fatores podem contribuir com o seu desenvolvimento, entre os principais estão fatores genéticos e ambientais, estresse acentuado, uso abusivo de certos medicamentos (as anfetaminas, por exemplo). Para tratar esse tipo de distúrbio, a primeira coisa que precisa ser feita é ir até um médico especialista. Somente ele poderá definir o diagnóstico do transtorno do pânico conforme os critérios estabelecidos no DSM.IV, o Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais.

Referências: National Institute of Mental Health e Ministério da Saúde.

Uma das possíveis abordagens sobre os medos

Analisando o assunto, numa abordagem espiritual, a escritora Suely Caldas Schubert explica que através dos nossos pensamentos criamos imagens fluídicas, que se refletem no nosso corpo espiritual como num espelho, motivo pelo qual uma alma pode ‘ler’ noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo.

“A uma simples vibração do nosso ser, a um pensamento emitido, por mais secreto nos pareça, evidenciamos de imediato a faixa vibratória em que nos situamos, que terá pronta repercussão naqueles que estão na mesma frequência vibracional. Assim, atrairemos espíritos que comungam conosco e que se identificam com a qualidade de nossa emissão mental”, esclarece a escritora.

Segundo ela, é assim que, através desse processo, captando as nossas intenções, sentindo as emoções que exteriorizamos e ‘lendo’ os nossos pensamentos, é que os espíritos se aproximam de nós e podem nos influenciar nas nossas atitudes. “Isso se dá imperceptivelmente. Afinizados conosco, querendo e pensando como nós, fácil se torna a identificação, ocorrendo então que passamos a agir de comum acordo com eles”, adverte.

Para Schubert, é importante meditarmos a respeito de quanto somos influenciáveis e o quanto esse conhecimento também nos auxilia no esforço diário para uma escolha mais amadurecida para o exercício constante de vencer os nossos maus pensamentos e nos sintonizarmos com o Bem. Afinal é interessante que utilizemos essa nossa sensibilidade para que as aproximações espirituais sejam positivas nos encorajando a serenidade e, sobretudo, nos preservando de novas quedas.

Obsessão e desobsessão, Suely Caldas Schubert, FEB.

Eliana Haddad

Correio.news